Raras as vezes fizeram uma viagem sozinha! As que fiz, foi em território europeu, ou seja, familiar. Desta vez, estou por minha conta! Mas, e como muitos outros já o disseram, nunca estamos sós. Isso confirmou-se logo no primeiro instante. Em Abu Dhabi, já, depois de uma viagem horrível entre Frankfurt e Abu Dhabi, tive a oportunidade de conhecer uma portuguesa, Ana Basto, que irá empreender uma viagem “sem tempo”! Vai viver, sentir e descobrir! Além da Ana, conheci o portuense, Rui, que já estará em Sydney, Austrália.
Em Abu Dhabi, e como o avião estava muito atrasado, resolvi, com a Ana, “dar um salto” ao pequeno emirado. Saímos do aeroporto, sem ter que pagar visto e logo tivemos uma surpresa: estava eu a perguntar informações a uma cidadã daquele emirado sobre como e qual autocarro apanhar para conseguir conhecer a grande Mesquita Sheik Zayed , quando esta nos surpreendeu com dinheiro para o mesmo. Passo a explicar: como não tínhamos dirhams , moeda oficial, disse-lhe que já não iríamos e ela , imediatamente, prontificou-se a dar-nos 10 dirhams. Não pagou na totalidade os bilhetes de ida e volta, mas quase! E, pronto, o ser humano tem destas acções espantosas.
Deste pequeno e curto salto a Abu Dabhi( capital dos E.A.U) , fica a ideia de um emirado em construção e uma mesquita recente , concluída o ano passado , gigante e muito estética , que demonstra a pujança económica desta zona do planeta.
Welcome to Thailand!
Eis o« país do sorriso» , a estrela dos países asiáticos , onde o turismo tornou-se o maior fonte de divisas do país e onde as pessoas são ,realmente, amáveis e naturais não só para com os turistas ,mas também entre os próprios tailandeses .
Welcome to Bangkok!
Ou se ama ou se odeia a «Veneza do Oriente». Amada por uns, odiada por outros esta é uma cidade que não deixa ninguém indiferente, quer seja pelo o seu trânsito caótico, pela selva de betão armado, pelo pecado, pelo ruído, pelos seus «wats» majestosos, pelos seus mercados ao virar na esquina, pelo seu rio (Chao Phraya) ;etc etc. É, ao fim ao cabo, uma combinação de contradições onde coexiste uma cidade de agitação, ruído e alvo de um crescimento económico incontrolado com outra de imagens de beleza intemporal como por exemplo: ver os monges nos seus passeios matinais a pedir a esmola e a percorrer ruas e vielas da cidade ainda tranquila.
Neste meu primeiro contacto com Bangkok , pois voltarei para a calcorrear e a descobrir como ela o merece , dou especial relevo ao rio que a contorna , Menam Chao Phraya , aos seus dois principais wats , Wat Pho e Wat Phra keo/Palácio Real e ao trânsito caótico , onde a melhor maneira de o contornar ou minimizar o tempo gasto é por barco ou por Tuk-Tuk uma das imagens de marca cá do sítio . Passei, apenas, um dia por estas bandas e grande parte dele foi gasto a tratar da minha ida para Chiang –Mai .
Bangkok----------------------------------Chiang-Mai( comboio/17h)
Depois de tratado o assunto do bilhete de comboio, embarquei rumo a Chiang-Mai, numa viagem «maratona» de aproximadamente 17horas. Nesta, tive a oportunidade de observar a paisagem, predominada pelos campos de arroz, e de interagir com tailandeses extremamentes afáveis e comunicativos, apesar do seu inglês básico e, em alguns casos, inexistente. Destes, destaque para o funcionário da Thai Railways , em trânsito para a sua terra natal –Ayutthaya , e do reformado do exército Tailandês , um idoso com 68 anos de idade , também ele de viagem para o Norte do país( nomes, desculpem , não os fixei….)
Chiang Mai
Bem-vindos à «capital do norte» ou à «cidade nova».
Chiang –Mai possui uma longa e orgulhosa história. Foi fundada em 1296 pelo lendário rei Mengrai .Segundo rezam as crónicas, um total de 90 000 mil homens trabalharam durante 4 anos para libertar este território da floresta, construir o palácio real, a muralha e os fossos de água para sua defesa. Foi assim que o rei assentou as bases para o seu reino independente, Lan Na «o país dos milhões arrozais» que governava a partir de Chiang-Mai.
O reino floresceu, tornando-se num grande centro económico e cultural do norte (séc.XV). Manteve-se independente da Birmânia, apesar de ter reconhecido a sua supremacia, e dos reinos de Ayutthaya e Sukhothai . Foi anexada pelo rei do Sião em 1892. Os locais ainda hoje se orgulham da sua cidade e auto-proclamam-na como a capital cultural da Tailândia. Isso é bem visível no interior das muralhas da cidade, bem restaurada; pelo o núcleo histórico com mais de 300 templos, com elementos estilísticos birmanos; nos mercados espalhados por toda a cidade com um inquantificável número de produtos e pelos espectáculos que têm lugar todas as noite.
